Foto: Divulgação

Uma travessia que deveria ser rotineira se transformou em uma experiência angustiante para os passageiros da balsa "Marajó Norte". A noite da última quinta-feira (16) foi marcada por momentos de extrema tensão, quando a embarcação apresentou problemas nas águas da Baía, em uma área próxima à Vila do Conde. A balsa, que havia zarpado de Belém com destino a Oeiras do Pará, no Arquipélago do Marajó, transportava uma combinação de carga e dezenas de passageiros.

A gravidade da situação foi prontamente documentada pelos próprios passageiros em seus dispositivos móveis. Vídeos gravados a bordo circulam, capturando a atmosfera de apreensão. As imagens são um testemunho eloquente do pânico, mostrando crianças e adultos paramentados com coletes salva-vidas, uma medida de segurança que refletia o temor de um naufrágio iminente.

Outras gravações revelam as desesperadas tentativas da tripulação e de voluntários para manter a flutuabilidade da embarcação. É possível ver diversos homens em um esforço físico intenso, lançando parte da carga, que consistia em sacos de cimento, ao mar. A medida drástica, embora possa ter representado a perda de mercadorias, foi adotada com o objetivo vital de aliviar o peso da balsa e tentar corrigir sua inclinação. Simultaneamente, uma bomba de escoamento era operada incansavelmente para expelir o volume crescente de água que se acumulava perigosamente no interior do convés.

O alívio só veio com a chegada de uma balsa solidária. Em um ato de coordenação e apoio marítimo, outra embarcação se aproximou com segurança e realizou a crucial operação de resgate. Segundo os relatos dos próprios passageiros, todos os ocupantes foram transferidos de maneira eficiente e segura para o convés da nova embarcação, que então assumiu o transporte até um porto seguro.

Apesar da evacuação completa dos passageiros, o incidente não se encerrou totalmente para a tripulação. Informações detalhadas, repassadas por um dos passageiros resgatados, indicam que um grupo composto por pelo menos sete tripulantes permaneceu a bordo da "Marajó Norte". Esses profissionais essenciais ficaram encarregados de acompanhar a embarcação avariada, que iniciaria uma viagem lenta e controlada até o município mais próximo. O objetivo era claro: garantir que a balsa e a carga remanescente fossem recuperadas e que o incidente fosse devidamente investigado pelas autoridades competentes.

 

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